Um dos maiores medos que os proprietários de empresas, conforme artigo publicado pela Inc., é o de enfrentar problemas de saúde e velhice – incluindo a perda de memória.
Após se debruçar sobre dezenas de estudos científicos de pesquisadores que tentavam determinar como funciona a memória, como evitar o declínio cognitivo e que tipos de hábitos podem ajudar, Bill Murphy Jr., fundador da Understandably.com, reuniu dez hábitos capazes de melhorar a memória, de acordo com a neurociência. Aqui estão eles:
1. Fique extremamente ocupado (especialmente na aposentadoria)
No Journal of Economic Behavior and Organization, pesquisadores analisaram dois grandes conjuntos de dados sobre milhões de trabalhadores chineses, juntamente com dados sobre o seu desempenho em vários testes cognitivos e avaliações de memória.
Primeiramente, foi examinado um grupo que se aposentava precocemente, graças a um programa de pensões do governo e, em seguida, um grupo que não era elegível para o programa e que, portanto, continuou a trabalhar mais tarde na vida.
O estudo descobriu, então, que o novo programa de pensões levou a “efeitos adversos significativos no funcionamento cognitivo”.
2. Jogue os tipos certos de jogos – Parte 1
Professores dos departamentos de psiquiatria, neurologia e medicina das universidades Columbia e Duke recrutaram 107 voluntários com idade média de 71 anos e pediram-lhes que fizessem palavras cruzadas ou jogassem videogames durante um período de várias semanas.
Os resultados, publicados na revista NEJM Evidence, foram que durante um período de 78 semanas, os participantes do grupo de palavras cruzadas tiveram um desempenho muito melhor em termos de (falta de) perda de memória do que os do grupo de videogames.
3. Aproveite os tipos certos de jogos – Parte 2
Um grupo de pesquisadores no Canadá decidiu determinar se hobbies focados em detalhes, como observar pássaros, poderiam ter uma associação positiva com uma melhor memória.
Em um teste que teve a ver com classificar pássaros e depois lembrá-los, eles descobriram que aqueles que eram observadores de pássaros ativos tinham memórias mais desenvolvidas que lhes permitiam recordar com mais precisão.
4. Leia por prazer
Pesquisadores em Illinois, nos Estados Unidos, fizeram parceria com uma biblioteca para recrutar adultos e os dividiram em dois grupos: Enquanto metade recebeu iPads emprestados com uma lista pré-selecionada de livros que provavelmente atrairiam os leitores, os outros ganharam iPads com jogos como quebra-cabeças de palavras.
Como resumiram os autores do estudo: “Os resultados foram incontestáveis: em comparação com o grupo do quebra-cabeça, o grupo que leu livros durante oito semanas apresentou melhorias significativas na memória de trabalho e na memória episódica. Em outras palavras, o estudo demonstrou que a leitura regular e engajada fortaleceu habilidades de memória dos idosos”.
5. Durma o suficiente
Na revista Trends in Neurosciences, autores do Chronobiology and Sleep Institute da Universidade da Pensilvânia sintetizaram décadas de investigação sobre o que acontece ao cérebro quando as pessoas acumulam um débito de sono. Estas são três das consequências:
Primeiro, quando acumulam um débito de sono, as pessoas perdem parte da capacidade subjetiva de julgar como essa falta de sono as afeta.
Em segundo lugar, embora não percebam isso, testes objetivos mostram que elas continuam a ter “déficits… de vigilância e memória episódica” mesmo depois de “2-3 noites de sono de recuperação”, o que significa que eles persistem ainda que os indivíduos sintam-se “menos cansados” após o sono de recuperação.
Finalmente, estudos sugerem que esta perda persistente de sono – mesmo quando as pessoas tentam recuperá-la – pode levar a uma “maior susceptibilidade a doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer… e a doença de Parkinson”.
6. Não tenha medo de tirar uma soneca
Escrevendo na revista Sleep Health, pesquisadores da University College de Londres e da Universidade da República do Uruguai analisaram dados de adultos com idades entre 40 e 69 anos “e encontraram uma ligação causal entre cochilos habituais e maior volume cerebral total”.
Depois de analisar dados de 378.932 pessoas do estudo, eles concluíram que o hábito estava associado a menos encolhimento cerebral ao longo do tempo – o equivalente a algo entre 2,6 e 6,5 anos de envelhecimento.
7. Use máscara de dormir à noite
Na revista Sleep, uma equipe de pesquisa abrangendo universidades dos EUA, do Reino Unido e da Itália estudou 122 seres humanos. Eles determinaram que aqueles que usavam máscaras de dormir à noite tinham melhor memória episódica e estado de alerta.
8. Melhore sua iluminação
Pesquisadores da Michigan State University estudaram se as memórias dos ratos de laboratório eram afetadas pela qualidade da luz ao seu redor – especificamente luzes brilhantes, como um dia ensolarado, ou luzes fluorescentes mais fracas, como em um escritório comum.
De acordo com eles, ratos sob pouca luz tinham cerca de 30% menos capacidade cerebral e eram mais propensos a “ter um mau desempenho em uma tarefa espacial na qual haviam treinado anteriormente”.
9. Use seu telefone
Participantes do estudo foram convidados a usar um aplicativo para gravar vídeos de 24 segundos de eventos cotidianos e depois assisti-los de uma maneira específica nas semanas seguintes.
Na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores determinaram que aqueles que gravaram e assistiram aos vídeos tiveram um desempenho de memória 50% melhor quando solicitados a recordar eventos seis meses antes.
10. Ande para trás
Cientistas em Londres testaram se as pessoas podiam desencadear memórias andando para trás e, segundo publicação na revista Cognition, a estratégia foi bem sucedida. “Chamamos isso de ‘efeito mnemônico de viagem no tempo’”, disse um dos pesquisadores principais.
(com Inc.)
Por Anna Dulce